quinta-feira, 30 de abril de 2015

Sobre o pior momento da história da educação do Paraná



Na última segunda-feira (27 de abril), deu-se início a greve dos professores da rede estadual pela segunda vez em 2015 em frente à Assembleia Legislativa. Os servidores protestavam contra a votação do projeto de lei 252/2015, de Beto Richa (PSDB), que autoriza o governo a mexer no fundo de previdência dos servidores públicos do estado, a Paranáprevidência. A intenção do governador é utilizar esses recursos para cobrir o rombo nas contas públicas provocado pela má gestão nos quatro anos anteriores.
Os confrontos mais intensos começaram na madrugada de terça-feira (28), onde os policiais lançaram gás lacrimogênio sobre os professores durante a noite, para que os mesmos deixassem de acampar na Praça dos Três Poderes. Durante a manhã de terça, os professores tentaram afastar as grades do entorno da ALEP, o que gerou um confronto com bombas, tiros de borracha e spray de pimenta, no restante do dia o manifesto seguiu de forma relativamente tranquila.

Quarta-feira (29) foi o dia onde ocorreram os confrontos mais intensos, desde a madrugada os policiais já tentavam invadir o espaço do acampamento com grades para impedir que os manifestantes se aproximassem da ALEP, houve o primeiro confronto do dia da votação, de fato. Durante o dia, aumentaram significativamente a quantidade de manifestantes, entre eles professores, alunos e universitários e integrantes do MST. Segundo a PM, estavam presente cerca de 7 mil manifestantes. Por volta das 14:30hrs, quando os deputados começaram a chegar na ALEP, os policiais recuaram para cima dos manifestantes, lançando bombas de efeito moral até mesmo de um helicóptero, spray de pimenta e balas de borracha para que os manifestantes dispersassem e fossem impedidos, por policiais portando cães, de assistir à votação. Foi um cenário de guerra, com mais de 200 feridos. Entre o cerco policial, 50 militares deverão ser exonerados por se negarem a lançar bombas e gás de pimenta nos manifestantes, a informação foi confirmada pela PM. 

Quanto à votação, Assembleia aprova por 31 votos a 20 o confisco da poupança previdenciária de servidores públicos. O governador quer confiscar R$ 150 milhões mensais do fundo de previdência, que poderão ficar sem aposentadorias e pensões num futuro próximo. Ao ano, Richa quer “meter a mão” em R$ 2 bilhões da Paranáprevidência.

Um CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) da Prefeitura de Curitiba, que fica no Centro Cívico, teve que ser evacuado porque as crianças estavam sendo afetadas pela fumaça do gás lacrimogêneo lançado contra manifestantes. 

A transmissão ao vivo do confronto foi interrompida devido ao ferimento do profissional Vanderlei Nunnes, cinegrafista da TV 15 e do Blog do Esmael, que foi atacado covardemente pelo ar. O equipamento foi completamente destruído.

As cenas da covardia de Beto Richa circularam pelas principais agências de notícias do mundo. Confira imagens:






          





Referência Bibliográfica

ESMAEL MORAESNo Paraná, após 200 feridos, Assembleia aprova por 31 votos a 20 confisco da poupança previdenciária dos servidores. Disponível em: http://www.guiaglobal.com.br/noticia-no_parana_apos_200_feridos_assembleia_aprova_por_31_votos_a_20_confisco_da_poupanca_previdenciaria_dos_servidores-6725. Acesso em: 30/04/2015


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